Em um único dia, todos vivemos diversas e diferentes emoções: seja a ansiedade causada por uma exposição oral de um trabalho na escola, no ambiente corporativo, ou a demissão de uma funcionária da casa; a frustração diante de um projeto grande ou pequeno fracassado; a tristeza pela partida de um amigo ou pelo fim das férias; a repulsa pelo cheiro forte de suor de alguém sentado ao seu lado ou pela atitude preconceituosa do colega; a decepção porque seu melhor amigo se esqueceu de seu aniversário; a raiva porque um espertinho quis furar a fila no banco… e assim por diante. Isso tudo é tão natural e automático que às vezes nem sequer tomamos consciência quando estamos vivendo essas emoções. Porém, algumas delas necessitam de regulação para que as ações tomadas em resposta a essas sensações dentro de nós, não sejam prejudiciais para nós mesmos e para as pessoas ao nosso redor.

            Por séculos, vivenciamos emoções e muitos – sejam filósofos, cientistas, religiosos, líderes corporativos, professores e as pessoas em geral – desprezaram ou desvalorizaram o papel que essas sensações agradáveis ou desagradáveis desempenharam em nossas vidas. Porém, o avanço de doenças, transtornos e problemas sociais gerados pelo descontrole e incompreensão sobre as reações emocionais, têm cada dia mais trazido o assunto para dentro das instituições de saúde e educação, corporativas, religiosas e também da instituição família, o primeiro lugar em que as consequências são percebidas e vivenciadas, causando desconforto e muitas dúvidas de como proceder, onde buscar orientação e ajuda.

            As emoções são muito poderosas e sentimos esse poder quando elas nos impulsionam a fazer aquilo que não queremos fazer. Quantas vezes pessoas querem ter controle sobre impulsos, como comprar, comer em excesso, jogar vídeo game, usar o celular, dormir demais, exercitar-se, e parece que algo invisível as levam a fazer exatamente o que não querem ou planejaram deixar de fazer.

            Muitas consequências negativas prejudicam o bem-estar da pessoa. O sentimento de vergonha ou culpa, por exemplo, que se sente por não ter segurado alguma atitude descontrolada, ou até mesmo a consequência de perder um emprego que tanto gosta, e que é necessário para seu sustento, por ter deixado a raiva explodir diante de um chefe ou autoridade importante do trabalho.

            Como seres humanos, a grande maioria de nós se identifica com esses relatos em menor ou maior grau de intensidade, porque o processamento emocional é um aparato do nosso cérebro, que nos acompanha por ter o propósito de nos defender, de nos ajudar na adaptação ambiental, na identificação das experiências do dia a dia como boas ou ruins, a fim de fugirmos de algo parecido ou irmos ao encontro daquilo que nos causou bem-estar.

            A falta total de entendimento, conhecimento e educação sobre emoções tem causado muita autodesorganização mental, confusão nas tomadas de decisão, autojulgamentos conflituosos e influências negativas na saúde física, mental e relacional. Poderíamos descrever outras dezenas de consequências da disfuncionalidade das emoções na construção da nossa personalidade e dos relacionamentos – com nós mesmos, com os outros, com o ambiente familiar, de trabalho e social.

            Por ser um fenômeno impalpável e intangível, ao mesmo tempo poderoso, parece ser algo totalmente distante de um gerenciamento e regulação. Sabemos, no entanto, através do conhecimento da psicologia e da neurociência, que algum entendimento simples pode ser muito eficiente na administração desse fenômeno tão presente no nosso dia a dia.

            Não tema suas emoções! Elas dão cor à nossa existência, ajudam-nos em muitas decisões do dia a dia e, mais do que isso,  nos tornam seres verdadeiramente humanos.

            A Brain Academy®, empresa criada com o objetivo e a missão de levar esse conhecimento às pessoas de todas as idades e culturas, acredita na educação socioemocional e na integração de competências cognitivas e emocionais como forma de trazer saúde mental e potencialização da inteligência e dos talentos de cada pessoa. Desfrutar de uma qualidade de vida e da própria vida requer um emocional saudável!

Dra. Regina Suguihara
Dra. Regina Suguihara
Psicóloga/Neuropsicóloga – Founder President Brain Academy

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