Neste momento de recolhimento ao lar, muitas emoções eclodem pelas incertezas de saúde, do momento social, das questões financeiras, ou ainda pelas saudades de familiares e amigos. Contudo, o que se manifesta subjacente a todas elas é o medo.

Nosso cérebro não é programado para vivenciarmos tamanhas dúvidas e ainda assim nos sentirmos confortáveis. Tais situações assustam nossa percepção interna, tornando-nos saudosos do conforto das certezas e programações diárias e rotineiras.

Para tal enfrentamento, é preciso reprogramar-se, investir na moderação interna, no controle de suas próprias dúvidas e angústias, num transparecer de sobriedade emocional, sobretudo, com a família reunida 24h por dia.

Eis aqui, então, que me direciono a você mulher – mãe, esposa, companheira, filha, profissional e tantas outras que em ti habitam.

Essa jornada requer mais uma vez esforços redobrados de sua parte. Daquela que pode transformar casa em LAR, a desavença em calmaria, o descontrole em aprendizado.

É a você que é dado o poder de transformar o ambiente emocional do lar.

Seu equilíbrio é fundamental para que os demais se mantenham na mesma condição. A irritação não edifica. Logo, proteja os seus tanto quanto possível, não só dos vírus, mas das destemperanças que possam aparecer.

“… quanto mais conseguimos usar nossa visão mental para ver os acontecimentos através dos olhos de outras pessoas, melhores são nossas chances de resolver conflitos.” (SIEGEL, 2015,  p.193)

Distribui em seu lar otimismo e simpatia. Trate com respeito e docilidade os que estão sob a sua dependência. Promova crescimento.

Pode parecer muito. Novamente é jogado sobre você o manto da responsabilidade. Mas veja, estou falando de possibilidades. Escolhas para você e para os seus. A consciência do que se faz necessário para o convívio ameno. O comprometimento com você mesma de oferecer o seu melhor para a sua família. A sanidade mental, moral e física.   

Seus filhos passavam parte do dia direcionados com respeito e profissionalismo por seus queridos professores, seu companheiro comprometido com o melhor dele no trabalho, você se sustentando entre todos os afazeres, compromissos e horários; então, por que não oferecer novas possibilidades?

Envolvam-se juntos nas tarefas do lar, da escola, da cozinha, dos jogos e das brincadeiras, e novo conforto familiar se instalará como rotina. Seja exemplo emocional, seja responsável e intencional na construção de novos momentos harmônicos. Exerça sua sabedoria.

Enxergue o potencial do momento, a oportunidade de empreender na sua família e reorganize-se, se assim precisar.

Crianças emocionalmente ancoradas, sentindo-se valorizadas e protegidas, serão adultos com menor propensão a adoecimento emocional.

Desta forma, manifeste-se no sorriso do seu filho, nas manhãs de tédio, na agressividade promovida pelo desconforto interno.

Respire e siga. Cabe a você conduzir à paz, escolher boas possibilidades e aplicá-las.

Todavia, lembre-se: mantenha-se no equilíbrio, pois somente nele encontrará força condizente com o momento e só assim promoverá novas possibilidades.

Referência Bibliográfica:

SIEGEL, Daniel J. O cérebro da criança: 12 estratégias revolucionárias para nutrir a mente m desenvolvimento do seu filho e ajudar sua família a prosperar/ Daniel J. Siegel, Tina Payne Bryson; [tradução Cássia Zanon]. – 1º ed. – São Paulo: n Versos, 2015.

Luciana Cortez
Luciana Cortez
Mediadora Brain Academy | Franquia Marília – SP

2014 ESPECIALIZAÇÃO em Docência em Ensino Superior
PUC/RS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EAD)

2012 PÓS – GRADUAÇÃO em Acupuntura.
CETN – Centro de Estudos de Terapias Naturais.
2010 Título: Síndrome de Tourette e Medicina Tradicional Chinesa

1997 GRADUAÇÃO em Psicologia .
Centro Universitário Luterano de Manaus, ULBRA-MAO, Brasil.
2004 Título : Obesidade – A Quebra de um Padrão Alimentar Instituído.

1990 GRADUAÇÃO em Direito.
1994 Faculdade de Direito de Sorocaba. FADI, Brasil

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