O ano de 2020 está sendo atípico. A pandemia causada pela Covid-19 impôs à população uma adaptação do modo de vida. Ações corriqueiras, como passear no shopping, ir ao mercado, visitar a família, trabalhar, viajar ou qualquer outra atividade que envolva contato com mais pessoas, passaram a ser limitadas ou até mesmo suspensas.
Tantas mudanças em um curto espaço de tempo trouxeram consigo um aumento no uso de mídias sociais consolidadas como Instagram, Facebook e Youtube, além de terem potencializado a quantidade de novos usuários em novas plataformas como o TikTok – onde são publicados vídeos de até um minuto de duração com o uso de músicas, filtros e desafios.
Consequentemente, com parte considerável da população em casa, o conteúdo produzido e consumido por meio dessas mídias sociais aumentou. Uma pesquisa realizada pela Business Insider verificou que em março, no Instagram, houve um aumento de 70% no uso de lives – que são conteúdos orais transmitidos ao vivo.
Diante desses fatos, com a grande quantidade de conteúdos produzidos e disponibilizados gratuitamente, como deve ser a nossa relação com eles?
Sem dúvida, precisamos filtrar ao que vamos dedicar a nossa atenção, pois, geralmente, nas mídias digitais podemos localizar conteúdos de qualidade, dentre esses, conteúdos educativos, informativos, divertidos e/ou criativos, todavia também podemos localizar conteúdos que podem ser prejudiciais, como mensagens de ódio, mensagens preconceituosas, mensagens de racismo, fake news, bullying e assim por diante.
Recomendo que aproveitem este momento de quarentena para encontrar conteúdos que agreguem conhecimento para seu crescimento pessoal, emocional e profissional, considerando que cada mídia social tem um formato de conteúdo predominante, o que pode facilitar a forma de aprender de cada pessoa.
Para exemplificar, entenda alguns formatos e veja onde encontrar cada um:
Texto: para os que preferem a leitura, pode-se acompanhar o Linkedin – mídia social com foco em relações profissionais; Medium – rede voltada para a publicação de textos de assuntos variados; blogs e o Twitter – rede que atua como um microblog. Essas plataformas digitais estão repletas de usuários que escrevem sobre diversas temáticas.
Imagem: por meio do Instagram, Pinterest e Facebook é possível encontrar conteúdos objetivos com diversas dicas práticas através de publicações com imagens e carrosséis (várias imagens em uma mesma publicação).
Vídeos: o interessante é que a grande maioria das mídias sociais, como YouTube, Instagram, Facebook, Linkedin, Pinterest, TikTok etc., está focada nesse tipo de conteúdo, gerando subformatos, como stories de 15 segundos, vídeos de um minuto – disponíveis na timeline dos usuários –, vídeos de até uma hora ou de duração estendida, sem limite de tempo. Além disso, é nesse conjunto que temos o destaque mais utilizado na quarentena: lives e webinars.
Para esses dois últimos, é válido discorrer sobre a diferença que há entre ambos, pois há equívocos entre esses formatos; é importante compreender que são formatos bem distintos.
Logo, live é uma transmissão ao vivo onde geralmente é entregue um conteúdo pautado em um temática, assuntos abertos, transmissões de eventos e acontecimentos interessantes para uma audiência específica, um exemplo que podemos citar são as lives dos artistas como Ivete Sangalo e cantores sertanejos. Nas lives predomina a característica de bate-papo, interação com os usuários, sem o acompanhamento de materiais complementares ou obrigatoriedade de ser um conteúdo educativo.
Em relação ao webinar, esse formato pode ser transmitido ao vivo ou ser disponibilizado de forma gravada, porém sua principal característica é ser uma espécie de seminário ou aula on-line, onde geralmente há um palestrante e material, de apoio como slides. Nesse caso, a interação com os usuários é menor, se restringindo ao chat.
Nos webinars, o usuário poderá ter um ganho maior em termos de aprendizagem, considerando que o conteúdo sobre a temática tratada é intencional e sistematizado.
Por fim, destaco que é possível utilizar o tempo dedicado às mídias sociais como um meio de desenvolvimento e aprendizagem, basta escolher o formato que mais lhe agrada e acompanhar os perfis que compartilham o conteúdo de seu interesse.
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