Todos nós estamos cientes da situação alarmante que nosso mundo está enfrentando. A pandemia do coronavírus (COVID-19) provocou, por tempo indeterminado, a suspensão das aulas em escolas de todo o país, gerando uma nova equação que precisa ser resolvida. O que fazer com os milhares de crianças e adolescentes que estão em casa?

Uma primeira medida que precisa ser adotada é a de conscientizar a garotada! Eles estão acompanhando todas as notícias e, muitas vezes, alimentando pensamentos incorretos e até fantasiosos sobre a situação real. Então, é importante tentar passar uma mensagem sem exageros, aproveitando a oportunidade para estabelecer um diálogo sincero e construtivo.

A segunda medida a ser tomada é a conscientização de que não estamos passando por um recesso escolar normal, não se trata de férias! Esse isolamento social é necessário para que possamos adotar medidas emergenciais de prevenção e exercer a cidadania com zelo e cuidado pelo bem coletivo.

Sendo assim, nós precisamos e podemos propiciar às crianças e aos adolescentes alternativas diferenciadas de ensino que flexibilizem os horários e a rotina deles e, especialmente, que permitam seguir os protocolos de resguardo solicitados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde, com mais segurança.

Como educadora, elaborei uma sugestão de rotina que objetiva manter as atividades que habitualmente as escolas proporiam em dias comuns, as quais visam ao desenvolvimento social, emocional e cognitivo de crianças e adolescentes.

Vale ressaltar que essa proposta deve ser adequada à faixa etária de cada um, além de respeitar também a rotina familiar. Além disso, essa sugestão pode ser alterada e o tempo de cada atividade deve ser considerado, sendo que deve ser solicitado menos tempo das crianças menores e maior tempo de investimento de cada atividade dos adolescentes.

De segunda a sexta-feira

– Realizar alongamento

– Realizar uma atividade física

– Realizar desenhos ou pinturas

– Rever conteúdo de uma matéria escolar (uma matéria por dia)

– Cozinhar com a família

– Brincar ou jogar

Dicas de brincadeiras

– Amarelinha

– Caça-palavras

– Bolhas de sabão

– Boliche de garrafas

– Pega varetas

– Dominó

– Caça ao tesouro

– Piquenique

– Quebra-cabeça

– Batata quente

– Stop

– Estátua

Ainda é possível solicitar que a criança ou o adolescente crie seus próprios jogos, para que invista cognitivamente nessa ação. Não é necessário adquiri-los, mas levá-los a explorar a criatividade, utilizando sucata e objetos de reciclagem, e inclusive contribuindo com o meio ambiente.

Esse deve ser um momento de aprendizagem e também um momento oportuno para estreitar os laços entre pais e filhos, além de obviamente um ser bom momento para diversão. Assistam filmes, cantem, descansem, dancem e especialmente (re)aprendam a valorizar cada pequeno momento juntos!

 

Maewa Martina
Maewa Martina
Doutora e mestra em Educação, na linha Educação Especial, pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Especialista em Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Intelectual pela mesma Universidade. Psicopedagoga Institucional e Clínica pelo Instituto de Ensino, Capacitação e Pós-Graduação. Pedagoga pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Atualmente desenvolve conteúdo pedagógico na Brain Academy. Tem experiência na área da Educação, especificamente em Educação Especial e desenvolve pesquisa com as seguintes temáticas: metodologia de pesquisa, estatística não-paramétrica, psicopedagogia, dificuldades de aprendizagem, concepção de deficiência, atitudes sociais em relação a inclusão, mudanças de concepções e atitude sociais, formação de professores, inclusão escolar e social.

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